Pequeno Guia sobre Milton Friedman

Série "Pequeno Guia" apresenta grandes nomes do liberalismo em poucos minutos de leitura.

Quem foi Milton Friedman?

Milton Friedman nasceu em 1912, em Nova York e estudou economia e matemática durante a sua graduação. Na Universidade de Chicago e na universidade Columbia, obteve o seu mestrado e o seu doutorado.

Por que Milton Friedman é relevante?

Antes de assumir a carreira acadêmica, Friedman conheceu a sua esposa, Rose Director (em Columbia) e trabalhou no Comitê de Recursos Naturais (em Washington). Além disso, foi membro do Bureau Nacional de Pesquisa Econômica americano, em Nova York.

Após uma curta passagem pelo Tesouro americano durante a Segunda Guerra e um ano como professor na Universidade de Wisconsin, Friedman tornou-se professor da Universidade de Chicago em 1946. Lá, o economista passaria o resto da sua carreira pesquisando, escrevendo e ensinando temas como teoria dos preços e economia monetária.

Milton Friedman faz parte do grupo de intelectuais que fundou a Sociedade Mont Pèlerin. O grupo, organizado por F. A. Hayek, tornou-se um dos movimentos liberais mais influentes do último século. Dele também foram membros Ludwig von Mises e John Rawls.

Ao longo de toda a sua vida, Milton Friedman defendeu posições políticas modernas e progressistas. Foi a favor dos vouchers escolares, da descriminalização das drogas recreativas e do fim do controle de preços. Ganhou o prêmio Nobel de economia em 1976, 30 anos antes de sua morte.

É possível ter democracia sem liberdade econômica?

Capitalismo e liberdade foi publicado em 1962. A publicação tornou-se um best seller mundial e já foi traduzida em 18 idiomas. Ao longo de pouco mais de 200 páginas, Friedman faz o seu ponto a favor de sociedades mais livres, um novo liberalismo e o liberalismo como a chave para a obtenção das outras bases do liberalismo moderno.

É difícil pensar no impacto que o texto de Friedman teve no movimento liberal ao longo das últimas décadas. Mas não seria errado pensar que muitos defensores contemporâneos da liberdade utilizam pontos semelhantes ao do economista para apoiar medidas como o câmbio flutuante, os vouchers educacionais e o alistamento não obrigatório. Friedman conseguiu, com uma base sólida, apontar os riscos que a intervenção governamental pode ter na sociedade e, ao mesmo tempo, ajudar mais pessoas a lutarem pela sua autonomia.

Liberdade econômica contra a tirania

Há muitos fatores que podem levar uma sociedade livre a ser tirânica. Para Milton Friedman, um dos passos para atingir esse tipo de realidade é combinando o poder econômico com o poder político. Dar a um governante o poder de interferir nas relações econômicas individuais não é apenas buscar uma solução simples para os problemas da sociedade, é também torná-la mais pobre e com menos autonomia.

A solução, então, é dar aos indivíduos os mesmos limites à sua liberdade que queria Stuart Mill: a liberdade alheia. As pessoas (e apenas elas) devem decidir onde comprar, o que beber e o que aprender para satisfazer as suas demandas. Afinal, ninguém melhor do que o próprio indivíduo para decidir o que é melhor para si.

A consequência desse raciocínio é simples. As relações econômicas, que fazem parte de grande parte das atividades do nosso dia a dia, devem ter o maior nível de liberdade possível. Os mecanismos do mercado (o sistema de preços, a busca pelo lucro e o empreendedorismo) são o melhor agente transformador da sociedade e o melhor caminho para o aumento da riqueza de todos.

Saiba mais sobre Milton Friedman

  • Livro: Livres para escolher, publicado por Rose Friedman e Milton Friedman.

  • Artigo: Investopedia: versão em inglês sobre o Milton Friedman.