Com base em ação do Livres, Justiça nega multa para app de mototáxis em São Paulo

Decisão judicial cita jurisprudência estabelecida por ação liderada pelo Livres no início das atividades da Uber no Brasil.

NOTÍCIA

1/23/20251 min read

A Justiça de São Paulo negou, nesta terça-feira (21), o pedido da prefeitura da capital para multar o aplicativo 99 Moto em R$ 1 milhão por dia devido à operação do serviço de mototáxi. A decisão foi fundamentada na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou inconstitucionais proibições municipais a transportes individuais por aplicativos, resultado de uma ação promovida pelo Livres ainda em 2019. 

Na época, o Livres entrou com a ação para questionar leis municipais que restringiam o funcionamento de serviços como Uber e 99, buscando garantir o direito à livre iniciativa e à concorrência no setor de transporte. A vitória no STF foi decisiva para estabelecer o entendimento que agora embasa decisões judiciais como esta.

O impacto do Livres na decisão

O papel do Livres foi central para que a decisão judicial favorável à 99 Moto fosse possível. Segundo Mano Ferreira, diretor de operações do movimento, a vitória reflete diretamente o impacto do trabalho do Livres: "Essa conquista é mais um exemplo de como promovemos impacto social real, beneficiando trabalhadores e consumidores de baixa renda ao garantir a liberdade de escolha e a diversidade de modais de transporte."

O caso também evidencia a continuidade do embate entre a prefeitura de São Paulo, liderada por Ricardo Nunes (MDB), e a 99, que segue operando na cidade mesmo com um decreto municipal proibindo o serviço de mototáxi. A empresa argumenta que a proibição contraria a Política Nacional de Mobilidade Urbana e ultrapassa a competência legislativa dos municípios.

A relevância social do mototáxi

Para o Livres, além de garantir o direito à livre iniciativa, a decisão beneficia diretamente as populações mais vulneráveis, como destacou Mano Ferreira: "O mototáxi é uma alternativa essencial para regiões periféricas onde o transporte público é ineficiente. Estamos falando de mais liberdade para os usuários e mais oportunidades para quem depende dessa renda."